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Motorista que causou acidente que provocou a morte da médica Paula Eloá irá a júri popular

Portal OESTADONET - 23/08/2022

O réu Josiney Pereira dos Santos, acusado de provocar a morte da médica Paula Eloá Carneiro Barra, em um acidente de trânsito em 2018, vai enfrentar o júri popular, segundo decisão proferida na manhã desta terça-feira (23) pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Santarém, no oeste do Pará. O motorista foi pronunciado pelos crimes de homicídio qualificado por meio que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima por dolo eventual e tentativa de homicídio qualificado por meio que dificultou ou impossibilitou a defesa do pai da vítima, Luiz Carlos de Carvalho Barra.

 

Segundo a acusação, no dia 30 de maio de 2018, por volta das 02h30, na Travessa dos Mártires esquina com a avenida Rui Barbosa, centro de Santarém, Josiney Pereira, agindo com dolo eventual, e visivelmente embriagado, avançou a preferencial com o seu carro em alta velocidade, ferindo gravemente a vítima Paula Eloá e deixando também ferido o pai dela, Luiz Carlos Barra. Segundo a denúncia do MP, o carro em que viajavam trafegava regularmente na sua mão de direção.

 

A médica Paula Elóa ficou internada desde o acidente até a data de 15 de outubro de 2019, quando faleceu devido a gravidade dessas lesões e as complicações causadas pela colisão.

 

No dia, hora e local dos fatos, o réu conduzia seu veículo pela Travessa dos Mártires, sentido Avenida São Sebastião, sendo que ao chegar no cruzamento com a Avenida Rui Barbosa não obedeceu a sinalização e avançou a preferencial em alta velocidade, colidindo com o automóvel ocupado pelas vítimas.

 

Consta dos autos que o impacto da batida foi capaz de arrastar o veículo em que estavam as vítimas até o prédio da esquina, imprensando-os contra a parede, sendo que foi necessário ser chamado o Corpo de Bombeiros para realizar a serragem da lataria do carro para então retirada das vítimas que, em seguida, as vítimas foram encaminhadas ao Pronto Socorro Municipal (PSM).

 

Luiz Carlos Barroa sofreu fraturas diversas, enquanto que a filha, Paula Eloá, ficou internada na UTI do HRBA, com hemiplegia direta, com 70% de seu cérebro retirado e faleceu na data de 15 de outubro de 2019.

 

O MPPA afirmou que constou do inquérito policial que a embriaguez do réu foi materializada pelo Exame de Dosagem Alcóolica que atestou 0,94 dg de álcool por litro de sangue, comprovando que enquanto dirigia estava sob a influência e efeito de elevada quantidade de álcool.

 

Já a defesa do acusado alegou ausência dos requisitos para reconhecimento do dolo eventual e requereu além da impronúncia do acusado a desclassificação para homicídio culposo no trânsito.

 

Ao analisar o caso, o juiz Gabriel Veloso reconheceu prova da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria e determinou que o caso deve ser apreciado pelo Tribunal do Júri, por fim, em atenção ao determinado pelo Código de Processo Penal e pelo fato do acusado responder esse processo em liberdade foi concedido ao réu o direito de recorrer em liberdade.




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