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Marinha reforça segurança em área onde Lula descansa às margens do rio Tapajós; homem que ameaçou o presidente tem histórico de violência no Paraná

Portal OESTADONET - 05/08/2023

Créditos: Reprodução/Twitter

Preso na última quinta-feira (3) por supostas ameaças de morte ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, o fazendeiro Arilson Strapasson já está solto. A liberdade provisória dele foi concedida pela juíza substituta Mônica Guimarães Lima, da Justiça Federal, nesta sexta-feira (4). O fazendeiro tem histórico de violência desde a época que estudava em um colégio em Missal, no Paraná. 

 

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Fazendeiro bolsonarista que ameaçava dar tiro em Lula, em Santarém, está preso em Cucurunã


    
Após as ameaças feitas em redes sociais contra a vida do presidente, a segurança no entorno de Lula foi reforçada. No local onde ele descansa em Alter do Chão, neste fim de semana, a Marinha reforçou o perímetro. Um navio está fundeado no rio Tapajós, em frente à praia do Carapanari, com cerca de 30 fuzileiros navais a bordo.

 

O acesso à praia está restrito às pessoas com autorização. 

 

A revelação do perfil violento do fazendeiro foi feita por um ex-professor do bolsonarista que ameaçou dar tiro na barriga de Lula. Nas suas redes sociais, um ex-professor publicou que Arilson Strapasson foi seu aluno em 87/88 e sempre 'foi metido a valentão'. Ouça o áudio aqui.

 

A prisão de Arilson Strapasson motivou muitos comentários de conterrâneos dele na cidade de Missal, localizada no extremo oeste do estado, a 615 km da capital do Paraná. 

 

A maioria dos internautas condenou a atitude do fazendeiro e se disse envergonhada pelo fato de a cidade deles ter sido associada a uma pessoa violenta que teria feito ameaças de morte a um presidente da República.

 

Outros disseram que Arilson Strapassan deixou a cidade natal e migrou para o estado do Pará, mais precisamente para o município de Novo Progresso, onde lá, praticou inúmeros atos ilícitos relacionados às questões ambientais, sobretudo grilagem de terra e extração ilegal de madeira. 

 

"Esses elementos vão ao Pará para isso, se envolvem com extração ilegal de madeira, minério e outros ilícitos", escreveu uma internauta.


Na Justiça Federal, há pelo menos cinco processos onde Arilson Strapasson é mencionado. São processos que investigam dano ambiental e crimes contra a flora no período de 2015 e 2020, cujo autor é o Ministério Público Federal.

 

A movimentação mais recente de um dos processos é datada de 22 de maio deste ano. O processo de nº 00011539-53.2017.4.01.3908, dano ambiental. 

 

De acordo com o site da Justiça Federal, Arilson Strapasson foi multado em mais de R$ 600 mil por crimes ao meio ambiente. 

 

No despacho que concedeu a liberdade provisória ao fazendeiro, a juíza Mônica Guimarães Lima determinou que Arilson Strapasson não se aproxime da vila de Alter do Chão pelos próximos dias. Ele foi liberado do presídio na manhã deste sábado. 




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